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O processo de tomada de decisão!

Atualizado: 1 de jul. de 2022

O que fazer? O que escolher? Para onde ir? Como responder? Decidir nem sempre é tarefa fácil. No caminho entre a organização do pensamento e a tomada de decisão, o cérebro percorre muitas veredas. Inicia a caminhada considerando todas as alternativas, depois analisa a quantidade de informações, avalia custos e benefícios, faz um balanço das possibilidades e seus resultados e, por fim, elabora a decisão.


Vivenciar situações de dor e desconforto não é algo cobiçado, mas sentir prazer e satisfação é praticamente unânime. E, é essa sensação de prazer que faz alguém motivado a comer uma sobremesa depois do almoço, encontrar os amigos e, até sentir-se bem indo à academia em plena manhã de domingo ou realizar uma compra. Isso acontece por causa da predição de recompensa que abrange regiões formadas por circuitos neuronais, onde são processadas as informações relacionadas às sensações de prazer e satisfação liberando Dopamina.


Estudos realizados com EEG e FMRI mostram que as áreas ativadas durante uma situação prazerosa compreendem o núcleo accumbens (NAc), área tegmental ventral (VTA) 一relacionada à produção de dopamina一 e córtex pré frontal, relacionado à atenção e tomada de decisão. O sistema de recompensa compreende também estruturas do sistema límbico, relacionado às emoções e experiências prévias do indivíduo, que tem como principais áreas: hipocampo, hipotálamo e amígdala. Além disso, em situações prazerosas há ativação do giro do cíngulo, que é uma área capaz de gerar sensação de felicidade e aumento da atenção e como consequência, a ativação de memória.





O sistema de recompensa pode ser ativado naturalmente por meio de estímulos ambientais agradáveis, interação social, relacionamentos, alimentos, música.


E em se tratando de alimentação, o que acontece quando você come o seu chocolate preferido é uma sensação de satisfação e felicidade (não é mesmo?). O seu cérebro registra que aquilo é algo agradável e prazeroso, considerando-o prontamente como sendo um comportamento memorável que deverá ser repetido em outro momento.

Como o seu cérebro já sabe que comer chocolate é algo agradável, as áreas do sistema de recompensa “pedem” para que você repita essa ação, especialmente a área tegmental ventral.


Quando a informação chega ao córtex pré-frontal, ocorre a modulação. É nessa região que a racionalidade assume a situação e ocorre a tomada de decisão para definir se você realmente deve comer a guloseima. A partir disso, é iniciada a luta entre a razão (córtex pré-frontal) e pela emoção (sistema límbico, área tegmental ventral). Se a emoção ganhar o duelo, o comportamento prazeroso será repetido, posteriormente a via será fortalecida e se tornará potencialmente mais difícil de abdicar e resistir às sensações de prazer.


Se pensar em interromper o ciclo e parar de comer o doce, seu cérebro não vai imediatamente deixar de considerar o chocolate prazeroso, mas pode fazer descobertas de outros alimentos que também geram sensações de prazer proporcionais, gerando outras possibilidades de ativação do sistema de recompensa.

Assim, é notório que o prazer e a satisfação são derivados de ações/atividades e que se relacionam à relevância comportamental atribuída a elas.


 
 
 

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